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Smartphone altera convívio social

Com preços atrativos, os celulares que permitem o acesso à internet (smartphones) estão cada vez mais populares e há quem os considere um companheiro inseparável. Em momentos de lazer, quem nunca interrompeu uma conversa para “dar uma olhadinha” nas atualizações das redes sociais ou fotografar algo para postar na internet? Com tanta facilidade ao alcance das mãos, muita gente sente dificuldades em “se desligar” do mundo virtual.

A realidade dos “dependentes” de celular com internet foi alvo de uma pesquisa realizada em agosto do ano passado. O estudo, elaborado pela PiniOn, plataforma que combina tecnologia mobile com crowdsourcing, em parceria com a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento do consumo, constatou que 81% dos usuários de iPhone (em um universo de 4.345 pessoas no Brasil) são viciadas no aparelho.

A pesquisa apontou ainda que 42% das pessoas consultam o celular a cada 10 minutos e também para outra parcela significativa (82%) as redes sociais são os aplicativos mais comuns. Os resultados do estudo se enquadram à realidade do estudante Felipe Lira. O jovem assume que não consegue viver sem o celular e não esquece o aparelho, mesmo quando está em momentos de lazer.

“Tem momentos em que eu mesmo vejo que estou exagerando e paro de mexer no celular”, disse o rapaz, acrescentando ainda que a mesma situação se repete com a maioria das pessoas do seu círculo de amizade. “Acho que, às vezes, o celular atrapalha. Tem situações em que eu e meus amigos saímos para conversar e de repente está todo mundo calado, só olhando o celular e ninguém percebe”, brinca.

Sempre conectada, Gabriely Araújo conta que também não sai de casa sem o smartphone. É a “geração testemunho”, avalia a estudante. A jovem conta que a rotina era diferente antes da aquisição do aparelho com acesso à internet. Hoje, mesmo em momentos descontraídos com os amigos, ela utiliza as redes sociais para socializar as novidades com quem não pode estar presente nos passeios.

“Dependendo da situação, muita gente já reclamou comigo. Mas eu sei dividir o tempo. O que acontece é que muitas pessoas gostam de postar o que estão fazendo ou onde estão e cada uma fica com o seu celular”, opina a jovem.

Tanta “vida online” pode ser prejudicial quando não se tem o controle do uso dos aparelhos. Especialistas alertam que o exagero no uso das tecnologias pode prejudicar o convívio social e a interação com as pessoas do “mundo real”. A psicóloga Livânia Beltrão explica que pessoas que não conseguem deixar o celular de lado em situações de lazer, por exemplo, podem correr o risco de deixar as relações sociais mais fragilizadas.

“É preciso cuidado na utilização desses aparelhos porque a gente pode perder as sensações do encontro real. Muitas vezes, você está em uma mesa com amigos e cada um está com o seu celular, deixando de dar atenção uns aos outros e viver o momento presente. A pessoa pode passar a viver a 'vida virtual' e deixar a 'vida real' de lado”, lembra.


Segundo Livânia Beltrão, o “vício” no celular não é o fator determinante para desenvolver transtornos psíquicos, mas podem levar a mudanças prejudiciais no comportamento. “Um distúrbio pode ocorrer se a pessoa tiver uma pré-disposição para isso. Não é que o uso da internet leve à depressão. O que pode acontecer é que se a pessoa se refugia em uma fantasia e não está satisfeita com a vida que tem, pode acabar se isolando e ser aquele personagem que ela criou”, explica.


Foto: Internet
Fonte: Katiana Ramos
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