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Nos EUA, Lula diz que não morrerá em casa 'tossindo', mas ativo em palanque. Veja!




Nos EUA, Lula diz que não morrerá em casa 'tossindo', mas ativo em palanqueEm discurso para uma plateia de sindicalistas americanos, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (foto) afirmou neste domingo (03/02), que não morrerá "em casa tossindo, mas em um palanque ou em qualquer lugar brigando com alguém". Embora o recado possa ter recipientes atentos no Brasil, naquele momento fez parte da receita de auto-ajuda do ex-líder sindical e político ainda ativo às organizações trabalhistas dos Estados Unidos.

Lula defendeu que o movimento sindical americano não pode tolerar a imposição de empresas, como a Nissan, que rejeitam a sindicalização de seus funcionários como requisito para realizar seu investimento no país. Estimulou ainda os sindicalistas a se candidatarem a postos públicos, seguindo seu exemplo, e não esperar que políticos da elite os represente no Congresso.

"Nunca pensei em ser vereador ou síndico do prédio em que morava e cheguei à presidência do Brasil", vangloriou-se, vestido com uma jaqueta do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Automotiva e Aeroespacial dos EUA (UAW, na sigla em inglês) presenteada pelo líder dessa organização, Bob King. "Pensem no seguinte: o político honesto não está em mim. Está em cada um de vocês. Assuma a responsabilidade de ter um sindicalista, um metalúrgico, no Congresso", completou.

Lula foi calorosamente recebido pelos sindicalistas, reunidos para o Programa de Ação Comunitária do UAW, evento anual que já teve entre seus principais convidados o presidente dos EUA, Barack Obama, e Bill Clinton,quando estava no comando do país.

A platéia gritava o nome de Lula e o aplaudia com entusiasmo enquanto ele contava a história do movimento sindical brasileiro a partir dos anos 80, a fundação do PT e sua trajetória política cheia de fracassos eleitorais antes de sua vitória, em 2002. Recebeu o título de filiado honorário da UAW e, Bob King, deu de presente uma camiseta 8 do Corinthians com uma dedicatória.

O ex-presidente não aconselhou apenas os "companheiros" sindicalistas americanos, mas também emitiu sua receita de exercício do poder para o governante dos EUA, empossado no último dia 21 para seu segundo mandato. Lula lembrou que, ao ser eleito, em 2002, teve a "consciência" de não poder cometer erros, sob o risco de nenhum outro operário vir a ser escolhido para presidir o Brasil. Nos EUA, eventuais erros de Obama significarão a frustração de futuras candidaturas de afro-americanos, emendou ele.

"Vocês não sabem o quanto eu torci pela eleição do presidente Obama. A eleição de um negro era necessária, como foi a de um operário no Brasil e a de um índio, na Bolívia", disse, sob aplausos efusivos da platéia. Sindicalistas, em massa, votam para os candidatos democratas nos EUA. "Peço a Deus que Obama saiba de uma coisa que está na minha cabeça: ele não pode errar porque, senão, nenhum outro negro será eleito no país porque o preconceito é muito forte", completou.

Como segundo conselho a Obama, recomendou não repetir a mesma fórmula de seus quatro primeiros anos na Casa Branca durante seu segundo mandato. Desconheceu, entretanto, a dinâmica americana, que faz o segundo e último mandato da carreira de um presidente o seu momento para entrar na História e no grupo dos líderes consagrados do país.

Lula foi além e comentou que "não queria" candidatar-se em 2006. "Eu tinha medo. O segundo mandato é tão perigoso que, se o presidente fizer o mesmo que no primeiro, ele já fracassou", afirmou, para em seguida sugerir que a agenda de desenvolvimento por ele formulada no segundo mandato será suficiente para o Brasil se consolidar como a "quinta economia do mundo até 2016".

Chávez

Com o processo sobre seu envolvimento no mensalão chegando na primeira instância da Justiça de São Paulo e sua nova estratégia para o PT eleger o governante paulista em 2014 estampada no Estadão de domingo, Lula esquivou-se de falar com a imprensa brasileira.

Chegou a dizer-se surpreso com a vitória do Corinthians de domingo para não mergulhar em uma conversa com os jornalistas. Ele desconversou especialmente quando questionado sobre seu possível contato com o presidente eleito da Venezuela, Hugo Chávez, em sua passagem por Havana, Cuba, nesta semana.

Eu não sei de nada", limitou-se a dizer, quando questionado sobre as condições de saúde do líder bolivariano. Sua assessoria, entretanto, confirmara ter ele conversado com os médicos de Chávez. Lula antecipou seu discurso, para não atrapalhar a partida final do campeonato de futebol americano, o Super Bowl, e partiu para o Brasil por volta das 20h (23h, no horário de Brasília).




Agência Estado
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