Paraíba lidera empregos no Nordeste. Veja!
A Paraíba gerou 18.680 empregos no
ano passado e elevou em 5,31% o número total de empregos formais, ocupando a
liderança entre os estados do Nordeste, cuja média foi de 3,15%. Os dados são
do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que foi divulgado
ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Apesar do dado positivo, o
comparativo em relação a 2011 revela uma queda de 7,86% no número de postos
criados, pois naquele ano foram gerados 20.273 empregos na Paraíba. Um dos
fatores para a redução foi o mau desempenho do setor agropecuário, que teve um
saldo negativo de 2.184 trabalhadores no ano passado, entre contratações e
demissões, por causa do longo período de estiagem no Estado.
Com 10.230 empregos, o segmento de
serviços foi o responsável pela geração do maior número de oportunidades na
Paraíba, registrando um crescimento de 51,33% em relação a 2011. Em seguida,
aparece o setor da construção civil (4.894), comércio (3.426), indústria de
transformação (2.024), administração pública (203), serviços industriais de
utilidade pública (55) e extrativa mineral (32).
Considerando apenas o mês de
dezembro, todos os estados brasileiros registraram um saldo negativo entre
trabalhadores admitidos e desligados. Na Paraíba, foram 10.182 demissões e 9.255
admissões, resultando em um saldo negativo de 927 empregos. O desempenho, no
entanto, foi o melhor do País, pois o Estado teve uma variação relativa de
-0,25%, que foi a menor entre todos os estados. Entre os municípios paraibanos,
apenas João Pessoa, Patos e Solânea fecharam dezembro com um saldo positivo na
geração de empregos, com 125, 25 e duas vagas, respectivamente.
Seca - O setor agropecuário fechou
o ano de 2011 com um saldo de 303 postos de trabalho, mas a seca que vem
assolando o Estado desde o ano passado foi o fator decisivo para que o segmento
fechasse 2012 com um déficit de 2.184 empregos. De acordo com Domingos Lelis,
assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa-PB),
a estiagem prejudicou principalmente a produção de leite do Estado.
“Para se ter ideia, o Programa do
Leite (Governo Estadual) produzia 120 mil litros por dia em 2011 e, no final do
ano passado, chegou a produzir 8 mil litros diariamente. Se a produção cai, a
geração de empregos é afetada substancialmente, principalmente na pecuária do
leite, que é uma das atividades mais importantes da Paraíba”, avaliou.
Brasil - O Brasil criou 1,3 milhão
de novos postos de trabalho com carteira assinada no ano passado, o menor saldo
desde 2009, considerando a série histórica com ajustes.
O resultado é 33% inferior do que o
verificado em 2011, quando foram gerados 1,9 milhão de empregos. O salário
médio dos trabalhadores brasileiros em 2012, em contraponto, foi 4,69% mais
alto do que em 2011. Em média, no ano passado, os salários chegaram a R$
1.011,77, no ano anterior, os rendimentos somavam R$ 966,45.
Jornal Correio da Paraíba

Post a Comment