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Estado da Paraíba tem 10,9 mil bebês de adolescentes. Veja!




De sorriso fácil e envolvida em constantes brincadeiras, Amanda (nome fictício) não esconde a pouca idade que possui. Ela acabou de completar 14 anos e ainda não perdeu o jeito de criança, mas já enfrenta responsabilidade de gente grande.
Grávida de 3 meses, a menina se prepara para dar a luz ao primeiro filho e superar as dificuldades físicas e emocionais que estão por vir.

“Eu fiquei grávida do meu namorado, que prometeu me ajudar. Eu não estou estudando mais e nem trabalho. Acho que grávida vai ser difícil arrumar emprego. Eu sou muito nova ainda para ter filho, mas decidi que vou ter meu filho. Já me aconselharam a qualquer outra coisa (aborto), mas eu nem penso nisso”, disse.





Moradora da Comunidade do 'S', localizada no Varadouro, em João Pessoa, Amanda não é a única no local que será mãe antes dos 15 anos. Na vizinhança, a chegada de crianças de forma precoce é uma realidade tão comum quanto as dificuldades financeiras que castigam a população.

Por toda parte, a localidade é cercada de lixos, esgotos a céu aberto e casebres feitos de paus e madeira. Crianças brincam nas vielas sujas e a maioria das pessoas sobrevive com ajuda de programas sociais e com dinheiro obtido com a venda de material reciclável.

Em meio a esse cenário, as adolescentes grávidas se destacam e fazem da esperança uma aliada para prosseguir com a gestação e sonhar com um futuro para os filhos. “Eu engravidei cedo. Tinha menos de 18 anos, quando tive meu primeiro filho.

Depois, tive mais dois e estou criando todos com muita dificuldade. Mas nunca pensei em aborto”, conta Erinalva do Nascimento, de 29 anos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, 5.493 crianças foram registradas na Paraíba após nascerem de mulheres que não tinham 18 anos de idade.

Desse total, 608 foram filhos de meninas com menos de 15 anos. Em 2011, esses números recuaram um pouco, mas ainda preocupam. No ano passado, a Paraíba emitiu 5.475 Certidões de Nascimento, cujas mães tinham, no máximo, 17 anos. Destas crianças, 566 foram geradas por paraibanas com idade abaixo de 15 anos.




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