Operação faz prisões em dez estados e no Distrito Federal. Veja!
A Polícia
Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (9), a operação Esopo, contra
desvios de verbas no Ministério do Trabalho. Foram expedidos 101 mandados
judiciais, incluindo 44 de busca e apreensão, 20 de sequestro de valores e
bens, 25 de prisão temporária e 12 de condução coercitiva.
As investigações
apontaram que uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip),
chamada Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC), com sede em
Belo Horizonte, realizava convênios de fachada com o ministério no Distrito
Federal e em dez Estados. O IMDC possui o Projeto Cisternas que está em 1.031 cidades,
incluindo municípios do estado do Ceará.
Segundo a PF,
firmados os contratos, os serviços eram prestados com valores superfaturados ou
nem sequer eram realizados. Nos últimos cinco anos, a organização recebeu do
ministério mais de R$ 400 milhões.
A operação Esopo
cumpre mandados de prisão e apreensão em dez estados e no Distrito Federal, com
o objetivo de apurar indícios de fraude à licitação, corrupção, sonegação
fiscal e lavagem de dinheiro. A operação está sendo feita conjuntamente pela
Polícia Federal, a Receita Federal, o Ministério Público Federal e a
Controladoria-Geral da União.
Entre os lugares
visitados está o Ministério do Trabalho e Emprego. A assessoria do ministério
confirmou a presença dos policiais no local, mas não informou se houve
apreensão de documentos ou prisões. Segundo a Receita Federal, entre os estados
com operação em andamento estão Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e
Espírito Santo.
Operação conta
com 200 policias federais, 30 servidores da AGU e 30 da Receita Federal
Participam da
operação 30 servidores da Receita Federal, cerca de 200 policiais federais e 30
servidores da Controladoria-Geral da União. A operação, segundo a Receita,
recebeu o nome em referência à expressão "lobo em pele de ovelha",
atribuída ao grego Esopo.
A Receita
informou que, além das prisões e dos mandados de busca e apreensão, a Justiça
Federal decretou o sequestro de bens e o bloqueio de recursos financeiros dos
suspeitos. O Fisco não sabe o valor exato dos prejuízos aos cofres públicos, mas
informou que pode chegar a centenas de milhões de reais.
As investigações
tiveram início há dois anos, a partir da suspeita de participação de empresas
parceiras em processos licitatórios. Movimentações financeiras expressivas em
espécie nas contas dessas empresas serviam para dissimular a origem do dinheiro
e faziam com que o recurso voltasse às mãos do mentor do esquema já com
aparência lícita.
Foto: Reprodução
Fonte: Agência Brasil
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