Universidade federal se nega a ajudar programa "Mais Médicos". Veja!
Ao menos 13
universidades federais em nove Estados do país disseram não ao Mais Médicos,
programa do governo Dilma Rousseff para suprir a carência desses profissionais
no interior e nas periferias de grandes centros. A participação das federais
era prevista pela gestão petista para ser um braço acadêmico do programa,
mediante indicação de tutores e supervisores para acompanhar a atividade dos
médicos brasileiros e estrangeiros.
Ao lado do
gestor do SUS em cada local, os supervisores também têm a atribuição de
fiscalizar a jornada semanal de 40 horas dos médicos.
Sem as federais,
a gestão Dilma terá de recorrer a instituições estaduais, municipais ou até
particulares, como no Amazonas, onde as duas únicas faculdades públicas de
medicina se recusaram a aderir ao programa.
A Folha procurou
as 46 instituições federais com curso de medicina, requisito do Ministério da
Educação para adesão ao projeto. Dessas, 23 confirmaram a participação, 13
informaram que não aderiram, quatro ainda analisam e seis não responderam.
Um dos
principais motivos de resistência é a atuação dos médicos estrangeiros
(principalmente cubanos) sem a necessidade de revalidação do diploma deles no
país. Além disso, algumas alegam faltar dados sobre a responsabilidade que os
tutores terão sobre os participantes.
"A unidade
acadêmica considerou inadequado se envolver no treinamento dos profissionais
estrangeiros, uma vez que o decreto que criou o programa proíbe os conselhos
regionais de medicina de verificar a legalidade da documentação
apresentada", diz Lúcia Kliemann, vice-diretora da Faculdade de Medicina
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A Universidade
Federal de Ouro Preto afirmou, em nota, que "o grupo de docentes da
medicina decidiu por não aderir a esta primeira etapa pelo fato de os médicos
estrangeiros não realizarem o Revalida [prova para revalidar os diplomas de
profissionais formados no exterior]".
Procurados pela
reportagem, os dois ministérios que participam do Mais Médicos não comentaram a
resistência das federais em aderir ao programa. A pasta da Saúde diz que o
assunto é competência da Educação, para quem o tema cabe à Saúde.
Foto: Internet
Fonte: Agências Nacionais
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