Universidades da Paraíba estão entre as melhores do NE. Veja!

As instituições foram avaliadas pelo Ranking Universitário Folha
(RUF), divulgado ontem no Jornal Folha de São Paulo.
Na classificação
nacional, as universidades paraibanas estão entre as 100 melhores do país. A
UFPB está em 24°, a UFCG, 40° e a UEPB em 92°. Foram avaliadas 192
universidades do país. Dentre as universidades paraibanas, a UFCG teve o maior
destaque ao subir dez posições no ranking nacional em relação ao ano passado. A
UFPB subiu duas posições e a UEPB caiu oito. A Universidade de São Paulo (USP)
ficou em 1° e a Universidade Estadual de Roraima (UERR) ficou em último no
Brasil.
O RUF avalia as
universidades do Brasil em cinco critérios que somam 100 pontos, sendo: Ensino
(vale 32 pontos), Mercado de Trabalho (18), Inovação (4), Pesquisa (40) e
Internacionalização (6). A soma das notas nos cinco quesitos indicará a
posição.
A UFPB tirou
média 75,64. As melhores notas foram para os critérios Pesquisa (33,59) e
Internacionalização (4,4). De acordo com a reitora Margareth Diniz, um fato
relevante para o avanço foi o aumento do número de cursos de graduação que
passou de 50 para 115 e de pós-graduação que passou de 41 para 84, nos últimos oito anos.
Sobre os
projetos de pesquisa, Margareth Diniz destacou que hoje a UFPB conta com 300
grupos de pesquisa com um corpo docente
do qual 60% são doutores e 30% mestres.
“Estamos sempre trabalhando em busca de qualificação do nossos
profissionais para que os graduandos possuam uma melhor formação e
pós-graduação, além disso temos uma forte participação no programa Ciência Sem
Fronteira, o que colabora para o crescimento da Internacionalização”, disse.
A nota mais
baixa da UFPB foi em Inovação, com nota 1,4. A reitora disse reconhecer a falha
no quesito, mas afirmou que a universidade está passando por um processo de
implantação da Agência de Inovação Tecnológica, que irá suplementar a
pró-reitoria e agirá de maneira mais
intensa, em novos projetos. A reitora ainda destacou que a universidade ainda
precisa melhorar a infraestrutura e assistência aos alunos, pois os índices de
evasão ainda preocupam.
UEPB PERDE
PONTOS EM PESQUISA
Já a UEPB ficou
com média 41,19 e caiu de 84° para 92° no ranking nacional. Segundo o
pró-reitor de Graduação, Eli Brandão, o fato de a UEPB ter caído oito posições
não significa que a instituição tenha decrescido. “Esta avaliação é
comparativa. Se a UEPB caiu posição não implica dizer que ela está caindo, mas
que outras acabaram crescendo mais”, explicou ele.
A UEPB teve
melhor nota no critério Mercado (12,52) e, segundo Eli Brandão, isto é resultado
das parcerias que a universidade tem feito. “Hoje a universidade que mais forma
para o Estado é a UEPB. Grande parte dos profissionais que se formam permanecem
no Estado. Isso também é um reflexo das parcerias que fornecem oportunidade de
estágios, que garante uma melhor formação através de experiências”, disse ele.
A nota mais
baixa da UEPB foi no quesito Internacionalização (1,61). Conforme Eli Brandão,
a instituição ainda enfrenta problemas financeiros envolvendo sua autonomia e
repasses federais, o que dificulta a criação de novos projetos, como
intercâmbio, mas ressaltou que a instituição está aderindo ao Programa de
Mobilidade Internacional, que deverá melhorar este índice.
FEDERAL DE
CAMPINA GRANDE SOBE DEZ POSIÇÕES NO RANKING
A UFCG tirou
média 66,8 e subiu de 50° para 40° no RUF. A melhor média foi para o quesito
Pesquisa (30,51). Conforme o pró-reitor de Graduação e Pesquisa, Benemar
Alencar de Souza, o avanço da universidade foi um reflexo dos investimentos
feitos tanto pela gestão anterior como atual, que sempre tiveram atenção com a
infraestrutura e assistência aos alunos. Segundo ele, a universidade possui 24
programas de pós-graduação e a boa posição geográfica faz da UFCG um polo
educacional.
A nota mais
baixa da UFCG foi no critério Inovação (1,2). De acordo com Benemar Souza, a
nota não foi surpresa . “Os avanços da universidade não dependem apenas da
instituição, mas também de todo o apoio federal à viabilização de novos
projetos. Já estamos avaliando essa questão e iremos trabalhar para reforçar a
Agência de Apoio à Inovação Tecnológica”, disse ele.
PÓS-GRADUAÇÃO
TAMBÉM CRESCE
Ao contrário do
crescimento tímido dos cursos de graduação, a expansão na pós-graduação nas
universidades públicas da Paraíba teve mais destaque. A Universidade Estadual
da Paraíba (UEPB) foi a que mais investiu e oferece atualmente 21 novos cursos.
Deste total, 18 são voltados para o mestrado acadêmico e três para o doutorado.
De acordo com o
pró-reitor de graduação da UEPB, Eli Brandão, ainda estão em fase de avaliação
na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (Capes) dois
programas de doutorado e outro para um novo mestrado.
“De 2010 para
cá, nós investimos mais na criação de cursos de mestrado e doutorado, já que
houve um fortalecimento na graduação. Esses três cursos que estão em processo
de avaliação pela Capes devem começar em janeiro do ano que vem”, explicou
Brandão.
A UFPB aparece
na sequên- cia com o segundo maior investimento em pós-graduação. Atualmente, a
instituição possui 84 cursos, sendo 31 em doutorado, 48 em mestrado científico
e outros 5 em mestrado profissional, que é uma modalidade de estudo ligada ao
mercado de trabalho.
Até dezembro do
ano passado, a UFPB oferecia vagas em 78 tipos de pós-graduação. Com isso a
instituição implantou seis novas oportunidades de estudo em menos de nove
meses.
A UFCG também
cresce nesse ritmo. Só este ano, ela criou
quatro cursos de pós-graduação. “Foi um mestrado na área de
biotecnologia no campus de Cuité, outros dois mestrados em Pombal e um mestrado
na área de Letras em Cajazeiras. Ao todo, temos 14 modalidades de doutorado e
40 de mestrado nas áreas de tecnologia, agrária e humanas”, disse o reitor da
universidade, Edilson Amorim.
Já o Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) iniciou este ano o
mestrado em Engenharia Elétrica e ainda tem outros dois em processo de análise
na Capes, sendo um em Meio Ambiente e outro em Agroecologia. No entanto, o
pró-reitor de ensino do instituto, Paulo de Tarso, explicou que cursos de
especialização são abertos constantemente nas unidades do IFPB no Estado.
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