Com queda de 28,6%, o rebanho no Estado apresentou a maior baixa do país no efetivo bovino em 2012. Veja!
A seca trouxe
fortes consequências negativas para os criadores de animais na Paraíba. Com
queda de 28,6%, o rebanho no Estado apresentou a maior baixa do país no efetivo
bovino em 2012 na comparação com ano anterior, passando de 1,354 milhão de
cabeças, em 2011, para menos de um milhão no ano passado (967.067). A perda foi
de 387,201 mil cabeças de gado apenas no ano passado no Estado.
No mesmo
período, a Paraíba também obteve reduções fortes na criação de caprinos
(-18,6%) e de ovinos (16,30%). Os dois rebanhos de porte médio tiveram juntos
perdas de 183 mil animais no ano passado. (Veja o quadro)
O Nordeste
também registrou a maior queda (-4,5%) entre as regiões brasileiras, mas o
índice foi bem abaixo da taxa paraibana. Os dados são da Pesquisa de Produção Pecuária
Municipal 2012, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Segundo Rinaldo,
cerca de 90% da baixa se concentrou no Sertão paraibano. No Agreste também
houve perda, mas foi bem menor, ficou em torno de 10% do rebanho.
O secretário de
Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca da Paraíba, Marenilson
Batista, disse que os dados retratam uma situação de perdas no rebanho por
conta da seca, mas que o Estado está realizando algumas ações para que a
situação não se agrave. “Estamos fazendo distribuição de ração subsidiada em
parceria com o governo federal, renegociando dívidas dos criadores, orientando
a aquisição de crédito junto ao Pronaf, com distribuição de água através de
carro-pipa e escavação de poços”, afirmou.
Já o presidente
da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa-PB), Mário Borba,
disse que não é contra "ações assistencialistas do governo, mas elas são
medidas paliativas que não resolvem a situação dos pecuaristas”. Ele afirmou
que a seca não ficou apenas no ano passado, mas se prolonga até este ano e
prevê ainda redução mais forte do rebanho que deve chegar a 35%.
“Não sou contra
ações como distribuição de água com carro-pipa, mas se não houver uma política
pública diferenciada e permanente para o produtor do Sertão e do Cariri, a
situação só tende a piorar e as perdas de 2013 serão maiores, esperam os
pecuaristas. Os bancos estão oferecendo crédito aos produtores, mas como ele
vai adquirir mais dinheiro se não tem como pagar? Onde está a transposição das
águas do São Francisco", desabafou Mário Borba.
Foto: Francisco França
Fonte: Alexsandra Tavares
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