Comandante da PM da Paraíba proíbe uso de caveira como símbolo. Veja!

De acordo com o
texto da resolução, fica proibido o uso em fardamentos, instalações e viaturas
da Polícia Militar, símbolos e expressões com conteúdo intimidatório ou
ameaçador, “tais como caveira e animais raivosos”. O comandante-geral também
proibiu o uso de frases e jargões em músicas de treinamento que façam a
apologia ao crime e à violência.
Euller Chaves
destacou que a proibição é também para que a polícia se adeque à Política
Nacional de Direitos Humanos. Isto porque uma resolução, a número 8, de 20 de
dezembro de 2012, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
também determina a proibição. Conforme o texto do documento do governo federal,
o uso de símbolos e expressões com conteúdo intimidatório é vedado para todas
as polícias. A proibição veio justamente depois que o Conselho Estadual dos
Direitos Humanos (CEDH) encaminhou um documento a Euller pedindo que a norma
fosse cumprida.
“A essência do
Bope não está em símbolos, mas sim em preservar vidas e aplicar a lei. O
batalhão vai continuar sendo um importante braço da Polícia Militar, sempre
intervindo em situações de risco e sem derramamento de sangue", disse o
coronel Euller Chaves.
Mesmo preferindo
não tecer muitos comentários sobre a mudança, o comandante do Bope da Paraíba,
o major Jerônimo Bisneto, disse que não concordava com a proibição. “Eu tenho
minhas convicções, fiz um treinamento específico de seis meses para conquistar
o distintivo da caveira. Faço meu trabalho”, disse o comandante. Bisneto também
criticou o pedido do CEDH e disse que encaminhou um outro documento em resposta
a Euller Chaves, antes de ser feita a proibição.
O Bope completou
um ano de instalação na última semana e atualmente possui um efetivo de cerca
de 300 homens espalhados por todo o estado. O major Bisneto disse que não sabe
que símbolo vai substituir a caveira. “Não tenho nem ideia”, afirmou o
comandante.
Na Paraíba, a
caveira também é usada como símbolo pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da
Polícia Civil. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança
Pública para saber se a insígnia também vai ser abolida para que haja um
enquadramento à Política Nacional de Direitos Humanos. A assessoria de imprensa
ficou de se posicionar, mas até o meio-dia não havia feito isso.
Fonte: G1-PB
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