Centenas de peixes aparecem mortos em rio da Paraíba. Veja!
Centenas de
peixes foram encontrados mortos neste sábado (8) nas águas do Rio Sanhauá, no
bairro do Baralho, em Bayeux, Grande João Pessoa. De acordo com alguns
pescadores, alguns peixes ainda estavam vivos, tentando sobreviver. O
ambientalista Fernando Yplá disse não ter dúvidas de que a mortandade teve como
causa a ação de alguma indústria próximo à área onde os peixes foram
encontrados mortos. Entre as espécies, estava o bagre, bastante resistente à
poluição, segundo o ambientalista.
Fernando Yplá
afirmou que ficou “desolado” com o que viu. “É simplesmente algo que deprime.
São centenas, milhares de peixes mortos. Não tenho dúvida de que o que provocou
toda essa mortandade foi a ação de alguma indústria próximo a esse local”,
afirmou.
Alguns
pescadores relataram que, no início da tarde deste sábado, alguns peixes ainda
lutavam para sobreviver. “Nós temos que acrescentar que não é apenas um
prejuízo econômico para essa população que depende muito da pesca para
sobreviver, mas sobretudo ambiental”, disse o ambientalista, que enfatizou que
o lixo depositado no rio pela população ribeirinha também contribuiu para a
morte dos peixes.
“É preciso que
haja uma ação de conscientização urgentemente. Ação que se concretize, que
envolva todos os agentes políticos e sociais. Não podemos aceitar situação como
essa. Com certeza, se fosse apenas o lixo depositado pela população, os peixes
não teriam morrido. Os peixes morreram por conta de agentes químicos, que
precisam de uma análise para se chegar à indústria responsável por essa
tragédia ambiental”, afirmou Fernando Yplá.
Os pescadores
afirmaram que muitos dos peixes que morreram por conta da poluição a correnteza
do rio já tinha levado quando da chegada do ambientalista ao local.
“Uma situação
dessas nos deixa tão perplexos, tão tristes que não é exagero afirmar que
chegamos ao ponto de desacreditar da raça humana, de perguntar pelo menos para
onde estamos indo”, finalizou.
A reportagem
tentou entrar em contato com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais
(Ibama) na Paraíba, mas as ligações não foram atendidas. A Superintendência do
Meio Ambiente (Sudema) também não atendeu às ligações.
Fonte: G1-PB
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