Cidades em situação de emergência terão 'cartão calamidade'. Veja!

A instituição do
“cartão calamidade”, que garantirá a liberação direta dos recursos aos
municípios afetados pela seca, está entre as propostas apresentadas ontem ao
ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, pelos presidentes, vices e
demais representantes das entidades estaduais do Nordeste, por intermédio da
Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília, em forma de ofício.
De acordo com o
presidente da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup),
Rubens Germano, para que essa proposta realmente sai do papel, basta apenas que
a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), edite uma Medida Provisória,
como forma de atender a pleitos formulados há mais de um ano. “É uma verdadeira
‘lenga-lenga’. Já estamos debatendo essa questão há mais de um ano. Agora, é
preciso que presidente atenda a nossa reivindicação de uma vez por todas.
Porque o que vem sendo liberado não atende”, afirmou.
No ofício
entregue ontem ao ministro Fernando Bezerra, os prefeitos apontam a necessidade
de ações emergenciais e reforçam o pedido feito anteriormente para ações
estruturantes. Eles querem também a simplificação do processo de obras e
serviços, como licenças ambientais e a titularidade da água, relacionados ao
combate da seca.
Entre as ações
estruturantes estão: a aprovação dos planos de trabalho dos Municípios para
ações hídricas e de manutenção do rebanho; a liberação dos recursos dos
convênios celebrados entre o governo federal e Municípios nordestinos e que se
encontram bloqueados e/ou inscritos em restos a pagar; recuperação de crédito
dos agricultores; prorrogação dos prazos de programas federais destinados aos
agricultores e a suspensão das liquidações de dívidas de produtores rurais nas quais
as propriedades foram dadas em garantia.
Conforme
ressaltou o presidente da Famup, a liberação direta de recursos por meio de um
cartão é uma das principais e mais rápidas soluções. A verba seria entre R$ 400
mil a R$ 1,5 milhão, a depender da população, extensão rural e do coeficiente
do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Que seriam creditados no “cartão
calamidade”. A prestação de contas por parte das prefeituras seria imediata.
Conforme a
propostas, outros recursos viriam dos Estados, pois em reunião na semana
passada com os representantes das entidades, o ministro Bezerra ressaltou que
os governos estaduais receberam verbas e devem repassá-las aos Municípios.
Seria uma espécie de subconvênio, usado para a construção de barragens;
implantação e ampliação de Sistemas Simplificados de Abastecimento de Água; de
dessalinizadores; de barragens subterrâneas; e demais ações que possam constar
no Plano de Trabalho do Município.
Fonte: Jornal Correio da PB
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