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Preso três vezes, vereador continuará no cargo na Câmara de cidade da PB. Veja!



A prisão do vereador Arnóbio Gomes Fernandes (PSL) em três operações policiais  diferentes – que apuraram envolvimento com tráfico de drogas, participação em grupo de extermínio e tráfico de armas – deixou a Câmara Municipal de Bayeux sem saber o que fazer com o mandato do parlamentar.

O Regimento Interno da Casa fala em licença compulsória, de 30 dias, quando um vereador está privado de liberdade. Ele estaria afastado de suas funções automaticamente, mas o suplente não poderia ocupar sua vaga no plenário.

Na próxima terça-feira (20), segundo presidente da Casa, Roni Alencar (PMN), a mesa diretora fará uma reunião para avaliar a situação do vereador encarcerado. De acordo com o presidente, os advogados da Casa e os demais vereadores foram convocados para uma reunião nesta sexta-feira (16) para estudar o Regimento Interno e resolver como a Câmara irá proceder neste processo.

Roni Alencar descartou a possibilidade de convocar o suplente. “Segundo o mandado de prisão, o vereador está detido para prestar depoimento. Ele poderá ser ouvido em até 30 dias. Até o momento Arnóbio não apresentou nenhum pedido de licença”, disse o presidente da Câmara. O período de licença normal, com pedido encaminhado pelo vereador seria de 121 dias.

O parlamentar esclareceu que a Casa não pode pedir a cassação do mandato, porque o acusado aguarda o julgamento do processo pela Justiça. “Essa não é uma decisão definitiva. Acredito que, se condenado, ele será automaticamente cassado. Não posso fazer nenhum comentário sobre o assunto porque ele ainda está sendo julgado”, disse Roni.

O vereador Arnóbio Fernandes foi preso, pela terceira vez, na última quarta-feira (14), por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes de João Pessoa. A prisão aconteceu dentro da Câmara Municipal de Bayeux,  em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela juíza Maria Emília Neiva, titular da Vara de Entorpecentes da Capital. Ele foi encaminhado à Central de Polícia de João Pessoa.

O delegado Allan Murilo Terruel interceptou o vereador quando ele estava em reunião com uma comissão permanente da Câmara, sob alegação de venda de munição e armas no ano de 2011. Arnóbio Gomes negou as acusações: “Estou com a consciência limpa, em 2011, não estava mais na rua. Agora vou aguardar e mostrar minha defesa. Quero dizer a população de Bayeux que vou voltar firme e forte e trazer muita alegria à cidade”, disse.

Nessa quinta-feira (15), o Portal Correio teve acesso a um trecho das gravações feitas com autorização da Justiça, no qual dois homens conversam possivelmente sobre negociações de armas e munições. Segundo as investigações, um deles seria o vereador detido.

Arnóbio Gomes já havia sido preso em setembro de 2012, durante a 'Operação Esqueleto'. Na época era candidato a vereador. A operação foi desencadeada pelas Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal. Segundo as investigações, ele integrava um grupo responsável por 60% dos homicídios praticados em 2011, na Grande João Pessoa.

Durante o cumprimento de 50 mandados de prisão em 2012, o sargento Arnóbio, da Polícia Militar, foi detido acusado de realizar a segurança do sub-chefe da facção criminosa 'Al Qaeda', identificado apenas como 'He-man'.

O nome do sargento é Arnóbio Gomes Fernandes, 46 anos. Ele é natural de Mari, na região da Mata paraibana, distante 65 quilômetros da capital João Pessoa, e tem apenas curso superior incompleto. No site do Tribunal Superior Eleitoral (DivulgaCand), Sargento Arnóbio declarou como candidato a vereador nas eleições do ano passado possuir uma casa no valor de R$ 200 mil.

O sargento Arnóbio Gomes Fernandes também já havia sido preso na Operação 'Águas Limpas', deflagrada no mês de agosto de 2010. Na época, ele foi acusado de tráfico de armas e formação de grupos de extermínio no Estado.

Mesmo após três prisões, em operações diferentes, o vereador permanecerá no madato, mesmo encarcerado. Dos 17 vereadores da Câmara Municipal de Bayeux (região metropolitana de João Pessoa), 14 foram nesta quinta-feira (15) à Central de Polícia de João Pessoa para prestar solidariedade ao ex-policial.


Na visita, os colegas de parlamento manifestaram total apoio e fizeram uma oração confiantes na liberdade do vereador, que é evangélico. Arnóbio reafirmou aos colegas que é inocente e que as acusações não procedem. O advogado criminalista Aécio Farias Filho deve fazer sua defesa.


Foto: Bayeux Em Foco
Fonte: Portal Correio
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