Brasil terá temperatura de 3ºC a 6ºC mais alta em 2100, segundo relatório. Veja!
Em 2100, a
temperatura média do Brasil será de 3ºC a 6ºC mais alta do que no final do
século 20. A previsão faz parte do primeiro relatório de avaliação nacional do
Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). O documento será divulgado em
setembro na 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais, mas alguns
dados foram adiantados na edição de agosto da revista “Pesquisa Fapesp”.
De acordo com a
“Pesquisa Fapesp”, o relatório também traz dados sobre mudanças em relação às
chuvas no país. Enquanto biomas como a Amazônia e a Caatinga devem receber
cerca de 40% a menos de chuva, nos Pampas, há uma tendência de aumento de cerca
de um terço na pluviosidade até 2100.
Especialistas
ouvidos pela revista observam que os dados demonstram que o Brasil sofrerá mais
com extremos climáticos, como períodos prolongados de seca ou períodos
prolongados de chuva forte.
Um dos
instrumentos utilizados para se chegar ao cenário da evolução do clima no país
nos próximos anos foi o Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre (Besm), primeiro
modelo climático nacional. A ferramenta, em desenvolvimento desde 2008, foi
apresentada em seus detalhes em fevereiro deste ano.
Especialistas
afirmam que o Brasil é o único país do hemisfério Sul a ter um modelo climático
próprio. A vantagem de ter um sistema nacional é a possibilidade de obter
características mais detalhadas sobre o Brasil e sobre o continente
sul-americano.
Um dos
resultados obtidos exclusivamente pelo instrumento nacional, segundo a
“Pesquisa Fapesp”, é que, em 30 anos, se a taxa de emissão de CO2 continuar na
tendência atual, a temperatura média anual do país já deve aumentar 1ºC. Apenas
as regiões Sul e Norte devem se manter com temperaturas estáveis no período.
O PBMC é uma
iniciativa que reúne 345 pesquisadores de diversas áreas para reunir e
sintetizar toda a produção científica nacional sobre as mudanças climáticas no
Brasil. Ele foi constituído nos moldes do Painel Intergovernamental das
Mudanças Climáticas (IPCC).
Foto: Luna Markman
Fonte: G1
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