Cerca de 57 cidades não têm ônibus intermunicipal. Veja!
Uma pesquisa
divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostrou, através de estatísticas, que a mobilidade urbana na
Paraíba ainda tem um longo caminho a percorrer: apenas cinco cidades contam
hoje com conselhos municipais de transporte, o equivalente a apenas 2,2% do
total de municípios do Estado.
Ativos, esses equipamentos criam uma ligação
direta entre comunidade e gestores, porém, de acordo com o estudo do IBGE,
apenas três haviam realizado reuniões nos 12 meses anteriores à consulta. Por
outro lado, 57 cidades paraibanas seguem sem contar sequer com transporte
intermunicipal, o que favorece a ação de transportes clandestinos. As carências
estruturais são apontadas como necessidade que deve ser solucionada com
urgência, dentro do pacto anunciado pela presidência.
A carência de
conselhos municipais também é observada no País, através do Perfil dos
Municípios Brasileiros (Munic 2012): só 357 (6,4%) das 5.565 cidades têm o
equipamento e apenas 3,8% tinham planos municipais de transporte. Para o
presidente da comissão de Educação Para o Trânsito da Ordem dos Advogados do
Brasil-seccional Paraíba, Samuel Aragão, tão lamentável quanto a falta dessas entidades
é o abandono daquelas já criadas. “Pena que muitas se criam, mas, em pouco
tempo, param”.
No tocante ao
atendimento por ônibus, a Munic 2012 revelou que, em 166 municípios, há o
transporte intermunicipal e, apenas em 20, há coletivos dentro das cidades.
Para Samuel Aragão, isso se deve ao fato de que a demanda por ônibus urbanos é
maior nas grandes cidades. Nas demais, porém, aparecem alternativas como o
mototáxi (presente em 196) e os clandestinos. “Todo clandestino nasce em função
de não haver transporte. Sou contra, porque, em geral, os proprietários não
estão nem aí. Numa empresa de ônibus, existe a responsabilização, até porque
ela tem a concessão do governo”, destacou.
Investimento
Diante da série
de protestos em todo o País, iniciados contra o aumento de passagens e a favor
do passe livre em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff anunciou cinco pactos
nacionais, entre eles, o da mobilidade urbana. Para Samuel Aragão, o
investimento deve alcançar também as pequenas empresas. “Se uma empresa não
serve bem o passageiro, ele vai alugar qualquer carro (alternativo). Por isso,
é preciso que o governo venha ao encontro das pequenas empresas, para financiar
novos ônibus”, concluiu.
Foto: Internet
Fonte: Jornal Correio da PB
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