Reforma política incluirá financiamento de campanha e sistema de voto, diz presidenta. Veja!
A presidenta
Dilma Rousseff confirmou que enviará nesta terça-feira (2) ao Congresso
Nacional mensagem pedindo um plebiscito para discutir a reforma política.
Segundo ela, o governo pretende discutir pelo menos dois pontos: financiamento
de campanhas e sistema eleitoral.
Segundo a
presidenta, existirá a possibilidade de a população escolher entre o voto
proporcional, distrital e misto. Dilma, no entanto, declarou que a formulação
das perguntas não cabe ao Palácio do Planalto, mas ao Congresso e ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Ela ressaltou ainda que o poder de convocar uma
consulta popular cabe exclusivamente ao Congresso.
“Não vamos dar
sugestões de perguntas. Isso fica entre o Senado, a Câmara dos Deputados e o
Tribunal Superior Eleitoral. Está claro, na Consituição, que quem convoca
plebiscito é o Congresso Nacional. Por isso, insisti na palavra sugestão no que
se refere à relação entre o Executivo e o Legislativo”, explicou.
Dilma disse
ainda que o Congresso poderá mudar a proposta de reforma política enviada pelo
Planalto. “Amanhã, enviamos nossa sugestão à Câmara e ao Senado no sentido de
plebiscito apontando em linhas gerais as balizas que julgamos importantes. Isso
não significa que outras balizas não podem aparecer”, declarou.
A presidenta
também disse que, na reunião desta tarde, tratou com os ministros sobre a
necessidade de todos os ministérios acelerarem a execução dos projetos de
infraestrutura, tanto das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
como dos projetos do Programa de Investimentos em Logística, que envolvem a
concessão à iniciativa privada de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias,
além da licitação de áreas de exploração de petróleo e gás.
Dilma
interrompeu a reunião ministerial, a terceira de seu governo, para dar
esclarecimentos à imprensa. O encontro começou por volta das 17h e, de acordo
com a presidenta, ainda levará várias horas.
Ela disse que
seria “oportuno” que as eventuais mudanças resultantes do plebiscito sobre a
reforma política valessem para as eleições de 2014, mas ressaltou que esse
prazo não depende do governo. “Não tenho governabilidade sobre essa questão.
Gostaria que tivesse efeito sobre essa eleição, agora se vai ser possível ou
não, isso vai levar em conta uma séria de questões práticas do Tribunal
Superior Eleitoral, da Câmara e do Senado.”
Além de 36
ministros, os líderes do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP),
no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e no Congresso, deputado José Pimentel
(PT-CE), participam da reunião na residência oficial da Granja do Torto. Os
ministros da Cultura, Marta Suplicy, das Relações Exteriores, Antonio Patriota,
que estão em viagem ao exterior, não estiveram no encontro, mas mandaram
representantes. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também não
compareceu, pois está doente.
No fim de
semana, Dilma teve reuniões com os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo,
e da Saúde, Alexandre Padilha. Nesta segunda (1°) de manhã, a presidenta
recebeu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Na semana
passada, a presidenta recebeu pela primeira vez em seu governo representantes
de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, que, de alguma
maneira, participaram dos recentes protestos ocorridos no país. Dilma também
reuniu prefeitos das capitais e governadores para apresentar as medidas que o
governo deve adotar em resposta às demandas levadas às ruas durante as
manifestações.
Entre as medidas
anunciadas, está um plebiscito sobre a reforma política. A ideia do governo é consultar
a população sobre os principais temas da reforma, e, em seguida, as eventuais
mudanças no sistema eleitoral seriam consolidadas pelo Congresso Nacional.
Foto: Internet
Fonte: Agência Brasil
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