Faltam médicos em 107 cidades da Paraíba. Veja!
Dos 223
municípios paraibanos, 107 possuem pelo menos uma Unidade de Saúde da Família
(UBS) funcionando sem médicos, segundo um levantamento feito pelo Ministério da
Saúde. Entre as cidades que faltam profissionais, estão João Pessoa, Bayeux,
Água Branca, Aguiar, Alagoa Nova e Alcantil.
A Secretaria de
Estado da Saúde (SES) estima que, atualmente, exista um déficit de 120
profissionais na área de assistência básica no Estado. Por conta disso, a
Paraíba foi inserida entre as regiões que serão contempladas pelo 'Programa
Brasil Mais Médicos', criado pelo governo federal.
A iniciativa
prevê a contratação de médicos formados no Brasil ou no exterior para atuar na
assistência básica de saúde. O período de inscrição para municípios e
profissionais interessados começou ontem, mesmo dia em que os editais de
cadastramento foram publicados no Diário Oficial da União. Os formulários estão
disponíveis no site do Ministério da Saúde, no endereço eletrônico
www.maismedicos.saúde.gov.br
As inscrições
para médicos serão encerradas no dia 22. Já para os municípios, terminarão no
dia 25.
Os profissionais
serão direcionados para atuar em 1.557 cidades localizadas principalmente nas
regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Esses dois
prazos correspondem aos profissionais e municípios que participarão da primeira
remessa do projeto, previsto para ser executado a partir de setembro deste ano.
Mas, segundo informações do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, as seleções
têm, caráter permanente e com previsão de continuidade até 2017, quando será
concluído o projeto.
Os profissionais
médicos interessados em participar do chamamento público, que não estabelece um
número de vagas, irão atuar em Unidades Básicas de Saúde (UBS) localizadas nas
periferias das capitais e Regiões Metropolitanas e ainda em cidades do interior
dos Estados, conforme as diretrizes do Programa “Brasil Mais Médicos”.
De acordo com o
edital, os médicos interessados em concorrer podem ser formados em instituições
de ensino superior brasileiras ou com diploma revalidado no Brasil, com
habilitação para o exercício da medicina em território nacional; médicos
brasileiros formados em instituição de ensino superior estrangeira com
habilitação para o exercício da medicina no exterior; e, médicos formados em
instituições de educação superior estrangeiras com habilitação para o exercício
da medicina também no exterior. Nestes dois últimos casos, os médicos serão
denominados intercambistas.
Segundo o
edital, os critérios de seleção e ocupação das vagas ofertadas pelo “Brasil
Mais Médicos” dará prioridade aos profissionais brasileiros formados no Brasil,
em seguida médicos brasileiros formados em instituições estrangeiras e por
último, os profissionais estrangeiros ficarão com as vagas remanescentes.
Em entrevista
coletiva realizada ontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que
os médicos estrangeiros que atuarão no Brasil farão testes em universidades
federais e também serão acompanhados por profissionais de medicina destas
instituições, mas não terão os diplomas validados.
“Este é um
programa que gera oportunidades para médicos brasileiros. Estamos com dados
muito claros que mostram que faltam médicos no país. A validação de diplomas
não está nesse programa, porque os médicos estrangeiros disputariam o mercado
com os médicos brasileiros. Os estrangeiros que vierem para o Brasil irão
trabalhar nas periferias das grandes cidades e municípios do interior nas
Unidades Básicas de Saúde e as universidades públicas é que vão avaliar esses
profissionais”, complementou Padilha.
Os médicos que
trabalharão no programa receberão a remuneração de R$10mil por mês e mais
benefícios de deslocamento e moradia. Todas as despesas serão pagas pelo
Ministério da Saúde. Segundo informações da assessoria de comunicação do
Ministério da Saúde, o edital para a seleção das faculdades que farão os
processos de avaliação e acompanhamento dos médicos estrangeiros está previsto
para ser publicado no próximo mês.
Foto: Rizemberg Felipe
Fonte: Katiana Ramos
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