Prefeitos defendem FPM na pauta das manifestações. Veja!
Prefeitos
paraibanos defendem que na pauta das reivindicações dos protestos realizados no
País sejam incluídos temas como as quedas no repasse do Fundo de Participação
dos Municípios (FPM), a revisão do Pacto Federativo, e mais ações para amenizar
os efeitos da seca no Nordeste.
Para o
presidente da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup),
Rubens Germano, os manifestantes precisam criar foco e os debates precisam ser
regionalizados.
“Não vimos
nenhum movimento contra o que estão fazendo com os prefeitos com relação à
seca. Os protestos começaram por causa do aumento das passagens, que foi a gota
d’água”, afirmou. Buba Germano considera importante ouvir as ‘vozes das ruas’.
A prefeita de
Pombal, Polyana Dutra (PT), disse que esta também é a hora de os prefeitos
protestarem. “Quem de nós não está com um grito engasgado na garganta? A
discussão do Pacto Federativo é interessante porque o bolo repartido entre a
União, Estados e municípios é desumano. Principalmente para as cidades do
Semiárido, que lutam constantemente contra a seca. É um bolo não igualitário.
Devemos lutar por uma distribuição mais democrática”, destacou.
Segundo ela,
além do Pacto Federativo, é importante auxiliar os municípios do interior para
que se desenvolvam industrialmente e dependam menos de verbas do Governo
Federal.
“Os recursos
para Pombal são poucos. Na cidade a arrecadação de impostos também é pouca
porque não temos indústrias. Está na hora de protestarmos pela distribuição
igualitária do FPM, FPE e a questão da industrialização de cidades pequenas do
interior, para se gerar outras rendas”, disse a prefeita.
Polyana
destacou: “Compreendo que o poder público não é culpado pelo crescimento de uma
cidade, ele organiza o município. Mas o que faz crescer é a indústria. Temos
que incentivar a implantação de indústrias no semiárido para gerar economia”.
O prefeito de
Camalaú, Jacinto Bezerra, defende que as manifestações também tenham foco no
Nordeste. “Não vemos protestos pela conclusão das obras da transposição do rio
São Francisco e por mais ações para convivência com a seca. Queremos obras
estruturantes para o semiárido e uma discussão ampla sobre o tema”.
Jacinto Bezerra
também comentou sobre as dificuldades financeiras do município. “Às vezes o
Governo Federal faz um programa e quer a contrapartida das prefeituras, mas
elas não têm estrutura nem como pagar”. Ele também frisou as consequências da
seca na região.
“Por causa da
estiagem, as pessoas são obrigadas a vender os animais a baixos preços, porque
não tem como mantê-los. Existe uma distribuição de ração animal, mas não atende
à demanda. A extinção de mais da metade do rebanho também preocupa e destrói a
economia da região”, afirmou.
Para o prefeito
de Caturité, Jair Ramos, os protestos que têm acontecido pelo País são
necessários. “Infelizmente, aparecem vândalos durante o processo, mas as
manifestantes são uma forma de os municípios conquistarem direitos, com mais
investimentos em educação e saúde”. Jair Ramos estará presente à Marcha dos
Prefeitos para cobrar melhorias para a cidade.
Foto: Internet
Fonte: Jornal Correio da PB
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