Dilma e Obama podem conversar sobre espionagem, diz assessor. Veja!
O vice-assessor
de segurança para comunicações estratégicas da Casa Branca, Ben Rhodes, disse nesta
quinta-feira (5) que o governo dos Estados Unidos vai "trabalhar" com
o governo brasileiro para ter um "melhor entendimento" em relação às
denúncias de que a presidente Dilma Rousseff foi espionada pela principal
agência americana de inteligência.
Rhodes afirmou
que o presidente Barack Obama deve encontrar Dilma às margens da reunião de
cúpula do G20x, em São Petersburgo, na Rússia, para discutir essas questões.
Ele também disse
que a Casa Branca vai continuar lidando com este problema através de outros
"canais diplomáticos e de inteligência" com o Brasil.
Segundo o
assessor, a Casa Branca considera a relação entre EUA e Brasil muito
importante, não apenas para as Américas, mas também em nível mundial.
Questionado
sobre o pedido de desculpas feito pelo Itamaraty ao governo americano após o
vazamento dos documentos, Rhodes afirmou que o foco é certificar que o Brasil
"entenda exatamente" a natureza dos esforços americanos de
inteligência.
Segundo ele,
esse tipo de coleta de informações é feito, pelos EUA, em praticamente todos os
países do mundo.
"Então,
esperamos dar passos para lidar com essas questões em uma base bilateral",
disse a jornalistas.
O caso da
espionagem a Dilma
Reportagens do
jornal "O Globo" publicadas a partir de 6 de julho, com dados
coletados por Snowden, mostraram que milhões de e-mails e ligações de
brasileiros e estrangeiros em trânsito no país foram monitorados.
Ainda segundo os
documentos, uma estação de espionagem da NSA, principal agência de inteligência
dos EUA, funcionou em Brasília pelo menos até 2002.
Os dados apontam
ainda que a embaixada do Brasil em Washington e a representação na ONU, em Nova
York, também podem ter sido monitoradas.
Outros países da
América Latina também são monitorados, segundo os dados.
De acordo com o
jornal, situações similares ocorrem no México, Venezuela, Argentina, Colômbia e
Equador.
O interesse dos
EUA não seria apenas em assuntos militares, mas também em relação a questões de
petróleo e da produção de energia.
A revista
"Época" também publicou reportagem sobre documento secreto que revela
como os Estados Unidos espionaram ao menos oito países – entre eles o Brasil –
para aprovar sanções contra o Irã.
No dia 1º de
setembro, o "Fantástico" exibiu reportagem ,com base em documentos
obtidos com exclusividade.
Os arquivos
classificados como ultrassecretos, que fazem parte de uma apresentação interna
da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, mostram a presidente Dilma
Roussef, e o que seriam seus principais assessores, como alvo direto de
espionagem da NSA.
Um código indica
isso.
Fonte: G1
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