Professores rejeitam proposta e decidem manter a greve na UEPB. Veja!
Em assembleia
nesta segunda-feira (6), os professores da Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB) decidiram manter a greve, movimento que ocorre desde o dia 26 de
fevereiro. Segundo o presidente da Associação dos Docentes da Unversidade
Estadual da Paraíba (Aduepb), José Cristovão Andrade, a categoria rejeitou a proposta
do reitor Rangel Júnior de aumento de 3% para maio e de 5,83% a partir de
outubro.
A decisão foi
tomada uma semana depois da greve ter sido decretada ilegal pelo Tribunal de
Justiça a pedido do Ministério Público. De acordo com José Cristovão Andrade, a
categoria reivindica apenas a reposição da inflação de 2012, um aumento de
5,83% - equivalente à reposição da inflação de 2012 - e não os 17,7% das perdas
salariais que eram pedidos anteriormente. Ao todo, são 20 mil alunos que estão
sem aulas nos oito campi.
Professores rejeitam proposta - Créditos: Tarcio Teixeira
“Nós já recuamos o que podíamos recuar.
Reivindicávamos um aumento de 17,7%. Agora, reivindicamos apenas um aumento
relativo à reposição por perdas da inflação de 2012. Esperamos que todos,
sobretudo os discentes, consigam êxito e que a nossa reivindicação seja
cumprida”, afirmou o presidente da Aduepb.
Outras
reivindicações que estão na pauta são melhorias das condições de trabalho dos
professores, como reforma dos laboratórios e a criação de restaurantes universitários
em todos os campi da universidade. “Mas também que os aumentos que foram
concedidos por resolução sejam regulamentados para que, sobretudo os
aposentados, não venham a ser prejudicados”, acrescentou José Cristovão
Andrade.
Com relação às
demais reivindicações, o reitor da UEPB Rangel Júnior disse que vão ser
discutidas e, à medida que forem surgindo condições, todas serão atendidas. “Há
problemas que existem há uma década e eu assumi há meses. Espero a compreensão
da categoria”, finalizou.
Decreto de
ilegalidade
Os professores
da UEPB decidiram no dia 30 de abril manter a greve, mesmo o movimento tem sido
considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. O decreto de
ilegalidade foi dado em 24 de abril. A decisão pela continuação do movimento
grevista foi unânime. Conforme o decreto, caso não retornassem às atividades,
os docentes pagariam R$ 10 mil de multa diária.
A Ação
Declaratória de Ilegalidade da Greve foi requerida pelo Ministério Público e
teve a relatoria do desembargador Leandro dos Santos. O vice-presidente da
Corte, o desembargador Romero Marcelo, decidiu deixar o Pleno por ser impedido
de votar, já que é também professor da UEPB.
Em seu voto, o
relator disse estarem presentes os requisitos necessários para concessão da
medida liminar: o fato de a greve atingir o núcleo essencial da atividade
educacional (alunos) e os prejuízos decorrentes do movimento paredista para um
número considerável de estudantes, que ficam impossibilitados de colar grau no
prazo, receber diplomas, entre outros.
O desembargador
Leandro dos Santos reafirmou o direito de greve cabido aos servidores públicos,
mas ressaltou que a situação comportava exceções, elencadas pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). “Pedidos de reajustes salariais não podem ser justificativa
para uma greve que abrange 100% da categoria e impede à efetivação do direito
fundamental à educação”, destacou.
Fonte: G1-PB
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