Maracanã dá show de luzes em teste com direito a 'elástico' de Ronaldo. Veja!
Foram menos de
três horas de festa, mas o suficiente para o público perceber que o Maracanã
pode se orgulhar do adjetivo "novo". Completamente remodelado e
modernizado, o estádio passou pelo primeiro evento-teste na noite deste sábado
(27). Com presença de comitiva liderada pela presidente Dilma Rousseff, cerca
de 25 mil pessoas — 30% da capacidade final — assistiram a um espetáculo de
luzes e som antes da vitória dos Amigos de Ronaldo por 8 a 5 sobre os Amigos de
Bebeto, com direito a dois gols do Fenômeno, um deles após um
"elástico", drible que lembrou os bons tempos do craque.
"Está muito
bonito, o gramado é muito bom, a arquibancada está bonita, a cobertura é linda,
os telões. Enfim, as instalações internas... Está tudo muito bonito. Tenho
certeza de que o Brasil vai dar uma grande lição ao mundo todo e a todos
aqueles que não acreditaram que seria possível realizar esta Copa do Mundo e a
Copa das Confederações", analisou
Ronaldo após o jogo.
O craque ganhou
e fez dois gols, mas não foi o primeiro a balançar as redes do estádio. A honra
foi de Washington, ex-Fluminense, Atlético-PR e São Paulo.
Dilma, acompanhada
do ex-presidente Lula, do ministro do Esporte Aldo Rebelo, do governador Sérgio
Cabral, do vice-governador e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando
Pezão, e do prefeito Eduardo Paes, chegou por volta das 18h40, a tempo do show
aberto por Neguinho da Beija-Flor. A presidente chegou a ensaiar um grito de
"Mengo" em provocação ao vascaíno prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Mesmo menos de
um terço da capacidade da plateia, era possível ouvir sonoros coros de músicas
clássicas dos times cariocas, deixando os saudosos torcedores satisfeitos com a
reabertura do Maraca. "Eu queria mesmo era ver o Flamengo, mas esse jogo
já deu pra sentir que o Maracanã continua o mesmo", disse o operário
Oséias Souza.
Por volta das
18h45, após um vídeo no telão, Neguinho da Beija-Flor soltou a voz com versos
sempre cantados pelas torcidas no estádio: "Domingo, eu vou ao
Maracanã". Foi a deixa para a torcida ecoar outro grito conhecido: "O
Maraca é nosso!".
Naldo faz versão
de hit
Naldo, com uma
versão futebolística do hit "Amor de Chocolate", e Preta Gil, com
"Aquele abraço", composição do pai, Gilberto Gil, deram sequência à
festa.
Às 19h,
uniformizados com camisas de seus times, o tricolor Ivan Lins, a flamenguista
Sandra de Sá, a vascaína Fernanda Abreu e o Eduardo Dusek, sem a camisa do
Botafogo, cantaram o Hino Nacional, antes de craques entrarem em campo para o
amistoso entre Amigos de Ronaldo e Amigos de Bebeto. Pouco depois das 19h20, a
bola rolou para o primeiro jogo.
Público de
operários, amigos e familiares
Cerca de 25 mil
pessoas assistiram ao espetáculo, com ingressos distribuídos entre 8 mil
funcionários que trabalharam nas obras de modernização do estádio para a Copa
das Confederações deste ano e Copa do Mundo de 2014.
Do lado de fora,
com 13 ruas interditadas para o evento, o público enfrentou filas, mas não teve
problemas para entrar. Funcionários orientavam a torcida e ações de
entretenimento, como um telão com videogame, eram novidades do novo Maracanã.

Este foi o
primeiro eventos-teste antes da inauguração oficial, em 2 de junho, no amistoso
da seleção contra a Inglaterra. O Maracanã vai receber três jogos na Copa das
Confederações: México x Itália (16 de junho), Espanha x Taiti (20 de junho) e a
final, marcada para 30 de junho. Em 2014, o Maracanã também terá a decisão do
Mundial (13 de julho) e mais seis partidas.
Obras e protesto
do lado de fora
A única
dificuldade encontrada foram resquícios de obras no caminho dos torcedores.
Alguns deles aproveitaram a reabertura do "maior do mundo" para se
manifestar contra a derrubada do estádio de atletismo Célio de Barros e Parque
Aquático Júlio Delamare.
Cerca de duas
horas antes da partida, antigos ocupantes do Museu do Índio também protestaram
contra sua retirada do local. Eles exibiram cartazes contra o governador do Rio
de Janeiro, Sérgio Cabral, e privatização do Maracanã.
O único
princípio de confusão ficou por conta de uma integrante do grupo feminista
Fêmem, Sara Winter, que ficou com seios à mostra e foi carregada por policiais
para dentro do estádio, onde foi vestida com um colete.
Mães de alunos
da Escola Municipal Friedenreich, que será demolida para as obras do novo
Maracanã também protestaram: "Já houve outros eventos aqui e nunca
precisaram tocar na escola', disse uma delas, sem se identificar.
Mesmo dentro do
estádio, um comitê popular conseguiu entrar com uma faixa contra a privatização
e as demolições. Segundo a estudante de pedagogia Amada Assunção, a revista foi
feita normalmente e não impediu a entrada.
Fonte: G1

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