Ricardo exonera diretores da Cagepa e Aesa e promove ajustes na equipe. Veja!
O governador
Ricardo Coutinho fez ajustes em sua equipe. As mudanças foram em órgãos que
gerenciam a água no Estado da Paraíba. Marcos Túllio Zírpoli foi exonerado da
diretoria de Manutenção da Cagepa, nesta terça-feira (16). Nesta quarta-feira
(17), Moacir Rodrigues foi exonerado da presidência da Aesa (Agência Executiva
das Águas).
Essas
exonerações têm implicações políticas. Marcos Zírpoli é concunhado do senador
Cássio Cunha Lima. Para o lugar de Zírpoli foi nomeado José Motta, que já foi
gerente regional da empresa em Patos. Zé Motta é sobrinho da atual prefeita de
Patos, a ex-deputada estadual Francisca Motta (PMDB). Já Moacir Rodrigues é
irmão do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB).
José Motta ocupa
a direção da Cagepa na cota do ex-senador Wilson Santiago, que passou a
comandar o PTB na Paraíba e está se aliando ao governador. Motta também chega
ao cargo com o aval da ex-presidente da empresa, Aracilba Rocha, atual
secretária das Finanças do Estado.
Na diretoria da
Aesa, Moacir Rodrigues foi substituído por João Vicente Machado Sobrinho, que
ocupava uma diretoria da Cagepa. João Vicente que ocupava a diretoria de expansão da Cagepa assume a presidência da
Aesa e seu substituto na Companhia de Água e Esgotos da Paraíba é Leonardo
Montenegro, servidor de carreira.
Nos bastidores,
o nome de Moacir é tido como resreva técnica para uma eventual substituição na
Secretaria de Interiorização, que tem sede em Campina Grande. Moacir deve se
candidatar a deputado federal nas eleições do próximo ano, iocupando espaços de
Romero, eleito no ano passado prefeito de Campina.
Recentemente
nomeado para o cargo, o ex-prefeito de Cajazeiras, Carlos Antônio, enfrenta
dificuldades para se manter na gestão estadual, por conta das condenações na
Justiça Comum. Junto com ele foi condenado o ex-secretário de Saúde daquele
município, Adjamilton Pereira. A condenação da Justiça Federal foi por
utilização de recursos federais da conta do Piso de Atenção Básica (PAB) em
finalidade diversa.
A condenação
proferida pelo juiz Leonardo Augusto Nunes Coutinho, da 8ª Vara Federal foi de
um ano de detenção, que foi substituída por prestação pecuniária no valor de 10
salários mínimos para o ex-prefeito e oito para o ex-secretário. Além disso,
eles foram condenados à inabilitação pelo prazo de cinco anos para o exercício
de cargo, função pública eletiva ou de nomeação. Aos réus, o juiz concedeu o
direito de apelar em liberdade. Cabe recurso da decisão.
Após auditoria
no município de Cajazeiras, a Controladoria-Geral da União (CGU) teria
constatado o emprego, no período de março de 2005 a abril de 2006, do montante
de R$ 39.624,36 em pagamentos que não se coadunariam com os objetivos inerentes
à Atenção Básica.
Em defesa, os
réus alegaram que mesmo que os recursos do PAB tivessem sido empregados em
desacordo com os fins para os quais se destinavam, não haveria que se falar em
crime, já que o emprego irregular de verbas públicas só é punível quando
utilizado de má-fé, 'prejudicando a boa marcha da administração'.
O entendimento
do juiz foi que os gestores eram responsáveis pelas irregularidades afirmando
que da análise dos documentos acostados aos autos, verificou-se que os acusados
eram os principais responsáveis pela gestão das verbas do PAB, e comentou que
cabia a eles a função de regular a aplicação de tais recursos exclusivamente na
execução de ações e serviços de atenção básica à saúde.
Além disso, o
ex-prefeito e o ex-secretário também foram acusados de fazer pagamentos aos
profissionais do programa Saúde da Família, sem que estes estivessem
trabalhando efetivamente. Esta denúncia não foi aceita pelo juiz que apontou
não ser possível imputar aos acusados a responsabilidade pela frequência dos
profissionais e das equipes, trabalho este destinado à secretaria de
Administração Municipal.
Fonte: Hermes de Luna
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