Ex-prefeito sertanejo é condenado pela Justiça Federal. Veja!
A Justiça Federal condenou o ex-prefeito de
Cajazeiras, Carlos Antônio, e o ex-secretário de Saúde do município, Adjamilton
Pereira, a pena de 1 ano de detenção, que foi substituída por prestação
pecuniária no valor de 10 salários mínimos e oito salários mínimos,
respectivamente. Além disso, eles foram condenados a inabilitação pelo prazo de
cinco anos para o exercício de cargo, função publica, eletivo ou de nomeação.
Cabe recurso da decisão.
A sentença foi proferida pelo juiz Leonardo
Augusto Nunes Coutinho, da 8ª Vara Federal, que concedeu aos réus o direito de
apelar em liberdade. (Confira a sentença clicando aqui:
web.jfpb.jus.br/consproc/lista_publ.asp).
De acordo com o processo, Carlos Antônio e
Adjamilton Pereira são acusados de utilizarem recursos federais da conta do
Piso de Atenção Básica (PAB) em finalidade diversa.
A Controladoria-Geral da União - CGU, após o 21º
Sorteio de Unidades Municipais, realizou Auditoria n.º 831 no Município de
Cajazeiras, ocasião em que teria constatado o emprego, no período de março de
2005 a abril de 2006, do montante de R$ 39.624,36 em pagamentos que não se
coadunariam com os objetivos inerentes à Atenção Básica.
De acordo com a versão dos réus, mesmo que os
recursos do PAB tivessem sido empregados em desacordo com os fins para os quais
se destinavam, não haveria que se falar em crime, tendo em vista que o emprego
irregular de verbas públicas só é punível quando eivado de má-fé, prejudicando
a boa marcha da administração.
Na análise do caso, o juiz Leonardo Augusto Nunes
entendeu que os gestores eram responsáveis pelas irregularidades. “Ocorre que,
da análise dos documentos acostados aos autos, verifica-se que os acusados
Carlos Antônio de Araújo Oliveira e Adjamilton Pereira de Araújo, aquele na
condição de Prefeito e este na qualidade de Secretário Municipal de Saúde, eram
os principais responsáveis pela gestão das verbas do PAB, cabendo, portanto, a
eles, a regular aplicação de tais recursos exclusivamente na execução de ações
e serviços de atenção básica à saúde, nos termos do que prevê a Portaria n.º
3.295/98 do Ministério da Saúde”.
Carlos Antônio e Adjamilton Pereira também foram
acusados de fazer pagamentos aos profissionais do programa Saúde da Família,
sem que estes estivessem exercendo normalmente suas atividades. A denúncia, no
entanto, não foi aceita pelo juiz. “Não se pode imputar aos acusados, na
condição de Prefeito e Secretário de Saúde do Município de Cajazeiras, a
responsabilidade por fiscalizar a frequência dos profissionais das equipes de
saúde da família, verificando, em caso de ausência ao serviço, qual o motivo da
falta e se esta foi devidamente justificada. Neste tocante, cumpre destacar que
a organização do controle de frequência diária dos servidores municipais é de
responsabilidade da secretaria de Administração do município de Cajazeiras”.
O ex-prefeito de Cajazeiras foi nomeado
recentemente pelo governador Ricardo Coutinho para a secretaria de
Interiorização. A nomeação foi alvo de críticas da oposição, já que Carlos
Antônio foi barrado nas eleições passadas pela Lei da Ficha Limpa. O deputado
Vituriano de Abreu decidiu ingressar com uma ação popular questionando a
nomeação do politico.
Fonte: Lenilson Guedes
Post a Comment